Observação e experiência
A partir do século XV desenvolve-se a ideia de que todo o conhecimento tinha de ser confirmado pela experiência e pela razão. Para Leonardo da Vinci, pintor e homem de ciência, o saber devia resultar da observação da Natureza e só se tornava válido depois de ser interpretado racionalmente.
Também os Portugueses desempenharam um importante papel no processo de crítica ao saber tradicional, através dos conhecimentos adquiridos nas suas Viagens de Descobrimento. Geógrafos como Duarte Pacheco Pereira e D. João de Castro, matemáticos como Pedro Nunes e botânicos como Garcia de Orta deram um contributo decisivo para o avanço do conhecimento alicerçado na experiência
Os novos caminhos do conhecimento
No entanto, os maiores avanços do conhecimento, nesta época, deram-se nos domínios da astronomia e da anatomia.
No começo do século XVI continuava a ser aceite o sistema Geocentrismo, exposto por Ptolomeu no século II. Em 1543, o polaco Copérnico expôs uma nova concepção, o sistema Heliocentrismo.
Os conhecimentos relativos ao corpo humano eram, antes do século XVI, muito rudimentares. Durante o Renascimento, todavia, os estudos de anatomia evoluíram de forma significativa. Passou a praticar-se a dissecação de cadáveres nas universidades, sobretudo devido aos estudos do médico flamengo André Vesálio.
Esta nova mentalidade renascentista, aberta ao estudo de todos os ramos do saber, encontra-se na raiz da revolução científica, que viria a desencadear-se no século XVII.
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